Durante as minhas horas de tempo livre, como qualquer pessoa, também gosto de olhar vídeos virais divertidos em redes sociais. O que tenho visto nos reels do Instagram e no TikTok muitas vezes me deixa um pouco chocado. E não estou falando de dancinhas, mas sim dos vídeos com animais de estimação.
Se você é acadêmico, militante ou profissional de saúde animal, já deve ter ouvido falar sobre as cinco liberdades do bem estar animal. São elas:
1. Estar livre de fome e sede
Os animais devem ter acesso a água e alimento adequados para manter sua saúde e vigor.
2. Estar livre de desconforto
O ambiente em que eles vivem deve ser adequado a cada espécie, com condições de abrigo e descanso adequados.
3. Estar livre de dor doença e injúria
Os responsáveis pela criação devem garantir prevenção, rápido diagnóstico e tratamento adequado aos animais.
4. Ter liberdade para expressar os comportamentos naturais da espécie
Os animais devem ter a liberdade para se comportar naturalmente, o que exige espaço suficiente, instalações adequadas e a companhia da sua própria espécie.
5. Estar livre de medo e de estresse
Não é só o sofrimento físico que precisa ser evitado. Os animais também não devem ser submetidos a condições que os levem ao sofrimento mental, para que não fiquem assustados ou estressados, por exemplo.
Muitas vezes, alguém argumenta comigo da seguinte forma: “Mas veja bem! Esse animal na natureza não tem acesso a todas essas liberdades! A vida selvagem é cruel!”
Tenho que concordar. No entanto, o animal de vida livre não está sob minha responsabilidade. Não sou o seu tutor e nem o responsável por seu bem estar. Esse é o caso do seu pet!
Quando submetemos nossos pets a situações de desconforto com o único propósito de viralizar e aumentar nossas métricas de seguidores, estamos falhando miseravelmente na missão.
Refletir sobre isso é um ato de amor. Faça isso antes de abrir a câmera do celular.
Um abraço!