O que você sabe sobre mini cães?

Hoje, especialmente, gostaria de falar sobre cães que mesmo em sua fase adulta continuam muito pequenos, atingindo um peso de até 4 kg. As principais raças com esse padrão de tamanho são pinscher, mini yorkshire terrier, poodle toy, maltês, lulu da pomerânia, papillon e chihuahua.

O primeiro ponto (que parece óbvio, mas eu gosto de reforçar): independente de ter três, dois ou um quilo de peso, é um cachorro!!! Por isso, terá necessidades fisiológicas, emocionais e sanitárias que qualquer cão precisa.

Vou compartilhar com vocês aqui o que ninguém nunca te contou, que aprendi na prática sobre esses pequeninos:
– Eles são muito rápidos. Se precisarem lançar mão de agilidade para esquivar de algo que não querem fazer, ou para morder, farão isso com muito mais excelência do que cães maiores;
– Eles têm veias muito delicadas. Por isso, durante a coleta de sangue, pode ser que o veterinário queira realizar o procedimento na veia jugular/pescoço (e isso é para o bem deles, acredite!) ou que tenha que dar mais de uma furadinha para conseguir uma amostra satisfatória;
– Eles normalmente sofrem as reações vacinais de forma mais intensa do que os cães maiores. O local da aplicação fica dolorido e pode ter febre, mas passa rápido;
– Eles comem muito pouco! Na embalagem da ração, atrás do pacote, normalmente tem uma tabela com a instrução da quantidade correta que o cãozinho tem que comer. O total varia de acordo com o peso e a idade. E deve ser respeitado, mesmo que pareça pouco.
– A maioria das raças pequenas tem pré-disposições genéticas a algumas comorbidades. Vale a pena conversar isso com o veterinário.
– São frágeis e podem sofrer fraturas ou lesões ortopédicas em situações simples como pular do sofá ou de uma cadeira. Todo cuidado é pouco.
– Precisam passear! Mas são passeios curtos, que respeitem o alcance das perninhas deles;
– A interação com outros cães deve acontecer com cautela e supervisão constante, para evitar acidentes;
– Os petiscos devem ser super racionados. Eles têm estômagos minúsculos. Devemos escolher com sabedoria qual tipo de alimento iremos fornecer essas pequenas refeições.

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Esse pequenino da foto é o Marvin, meu paciente desde bebê. Na foto em que ele está no meu bolso, ele tinha poucos meses de vida. Na segunda foto ele já está adulto. Só para matar a curiosidade mesmo: ele é dócil, afetuoso e eu amo demais. A tutora Laiany autorizou a postagem das duas fotos.

M.V. Evelyn Ribeiro Roza
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