As codornas fazem parte da ordem dos Galliformes, são da mesma família dos faisões e das perdizes (família Phasianídeas) e pertencem ao gênero Coturnix, possuindo mais de 100 subespécies em todo o mundo. São bastante apreciados para criação, consumo de sua carne e ovos.
Elas se originaram no norte da África, da Europa e da Ásia, posteriormente se espalhando por todo o mundo. Acredita-se que a subespécie atual que esteja mais próxima geneticamente seus antepassados é a Coturnix delegorguei (Codorna Africana) e a Coturnix coturnix coturnix (Codorna Europeia). A espécie mais comum e mais difundida é a Coturnix coturnix japonica (Codorna Japonesa), e estima-se que em meados de 1910 os japoneses começaram a cruzar outros tipos de codorna para chegar a uma nova subespécie, popularizando a sua criação mundialmente. São aves que costumam habitar bordas de florestas e descampados, possuindo uma habilidade de adaptação surpreendente, e por conta de sua localização acabam sendo difíceis de serem encontradas, já que costumam se esconder em arbustos e andando sozinhas ou aos pares.
São aves de pequeno porte, havendo diferenciação entre as espécies através de detalhes na plumagem e na cor das penas, que geralmente difere entre as subespécies. Para a diferenciação entre macho e fêmea, há um dimorfismo sexual onde os machos possuem cores brilhantes e penas ornamentadas, enquanto as fêmeas possuem sempre cores sólidas, além de serem mais pesadas e serem mais robustas do que os machos.
Por terem a habilidade de voo muito limitada, elas se alimentam do que podem encontrar no solo, como folhas, sementes, pequenos frutos e insetos. Codornas adultas costumam comer de tudo, enquanto os filhotes se alimentam de insetos e larvas por possuírem grande quantidade de proteínas, o que é importante para seu desenvolvimento.
Possuem hábitos noturnos e/ou diurnos, com comportamento tranquilo. Apesar de não terem a habilidade de voo propriamente dito, elas podem dar pequenos voos igual às galinhas, além de correr e atacar utilizando os esporões em seus pés quando se sentem ameaçadas. É possível ver as codornas se jogando na areia, e elas fazem isso como forma de se livrar de parasitas, como as pulgas.
Durante a reprodução, as fêmeas podem colocar de 4 a 40 ovos e os seus filhotes atingem a maturidade sexual aos dois meses de idade. Seu tempo de vida na natureza varia de 3 a 5 anos e em cativeiro é bastante variável por conta dos cuidados que os criadores terão com os animais. Seus ovos possuem diversas vitaminas, como a A, B1, B2, C, D, E, biotina, fator PP (previne pelagra), ácido pantotênico e piridoxina. Além dos ácidos graxos e dos minerais, como ferro, manganês, cobre, fósforo e cálcio.
A codorna é considerada uma das aves domésticas mais rústicas, não se conhecendo casos de susceptibilidade à maioria das doenças comuns da avicultura industrial. Contudo, isso não signifique que as codornas estejam livres das doenças comuns causadas por um manejo sanitário e alimentar inadequado, sendo possível a ocorrência de onfalite (pintinhos), salmonelose, aspergilose, enterite não específica (E. coli), verminoses e ectoparasitas. Por isso é tão importante a necessidade do manejo adequado dessas aves durante a sua produção.
Referências Bibliográficas
- Gomes, Goodanderson. Tudo sobre codornas: espécies, como criar e muito mais! 2021. Disponível em: https://guiaanimal.net/articles/1231.
- Oliveira, Andréa. Codornas: manejo de produção. [2019]. Disponível em: https://www.cpt.com.br/artigos/codornas-manejo-de-producao?gclid=Cj0KCQiAsqOMBhDFARIsAFBTN3esYrOECbgeLdbMKUNLSEskrkatkT4I_kMqAFyDQFlMESZmW0lStnYaAkyaEALw_wcB