Olá, feras! Tudo beleza? Hoje falaremos sobre anuros e suas diferenças básicas! Vamos lá?
Não se desespere, pois a Bia Esteves deixou esse conteúdo pronto em vídeo e texto! Segue abaixo:
Diferenciação entre sapo, perereca e rã
Os anfíbios são animais que se caracterizam por ter duas formas de vida: a fase larval e a fase adulta. Em geral, a primeira fase desses animais é de vida aquática e, assim como os peixes respiram por brânquias. Ao longo dessa fase, eles desenvolvem patas e a respiração torna-se pulmonar ou cutânea, fazendo com que possam viver tanto na água, quanto em terra firme. São animais de pele fina e úmida e não possuem pelos ou escamas.
São divididos em três grupos:
- Caudata (Urodela): salamandras e tritões;
- Anura: sapos, rãs e pererecas;
- Gymnophiona (Apoda): cecílias ou cobras-cegas.
Agora iremos falar apenas dos anuros. Sua reprodução envolve um abraço do macho por trás da fêmea, conhecido como amplexo. O macho pode agarrar a fêmea pela região peitoral (amplexo axilar) ou pela região pélvica (amplexo inguinal). Para acasalarem-se, geralmente os machos cantam para atraírem fêmeas e, com o ato consumado, costumam fazer ninhos para depositar seus ovos. Utilizam o canto, também, para defender territórios. Durante o abraço, macho e fêmea eliminam seus gametas no mesmo instante, podendo o macho ficar assim por até 15 dias. Formam-se então ovos, envolvidos por muco, para que assim se prendam com facilidade em pedras e em plantas aquáticas. Após algum tempo, os girinos saem dos ovos, já sabendo nadar.
A maioria tem desenvolvimento indireto, com uma fase aquática na qual são denominados girinos. Os girinos possuem rabo, que vão perdendo a medida que crescem. A maioria dos anuros adultos é caracterizada por um corpo curto, olhos salientes, língua inserida anteriormente, membro posterior mais longo do que anterior e a ausência de cauda.
Se alimentam de insetos e capturam suas presas lançando para fora da boca a língua musculosa, longa e pegajosa, que é presa ao assoalho da boca pela extremidade anterior.
Os anfíbios dependem da água para a postura de ovos, pois estes não têm casca, e para manter a pele úmida, necessário para a realização da respiração cutânea na qual a troca de gases é feita pela pele. A respiração cutânea é necessária, pois a respiração pulmonar não é completamente eficiente. Como são dependentes da água, a poluição interfere diretamente em suas populações: isso os faz serem considerados importantes bioindicadores, mas também permitem com que sejam ameaçados de forma drástica.
O uso dos nomes comuns “rã”, “sapo” e “perereca” não tem base taxonômica. Todos os membros da ordem Anura são rãs, mas apenas os membros da família Bufonidae são considerados “sapos verdadeiros”. O uso do termo “rã” em nomes comuns refere-se normalmente a espécies que são aquáticas ou semi-aquáticas com peles macias e/ou úmidas, e o termo “sapo” refere-se normalmente a espécies tendencialmente terrestres com pele seca e rugosa. Uma exceção é o sapo-de-barriga-de-fogo (Bombina bombina), que prefere habitat úmidos mesmo possuindo uma pele ligeiramente rugosa.
Sapos
É uma designação genérica de anfíbios da ordem Anura predominantemente terrestres, com pele mais seca, rugosa, e glândulas parotoides semelhantes a verrugas. Geralmente esse termo é utilizado para se referir à família Bufonidae, aplicando-se também a algumas espécies de outras famílias como Bombinatoridae, Discoglossidae, Pelobatidae, Rhinophrynidae, Scaphiopodidae e Microhylidae. Possuem preferência por se manter próximo a uma fonte de água, muito embora existam sapos que vivam em ambientes úmidos que são considerados ambientes aquáticos, como a serapilheira de florestas tropicais úmidas. A necessidade de água é essencial para os ovos e os girinos do sapo, e algumas espécies utilizam poças temporárias e água acumulada nos ramos de plantas, como as bromélias.
Seu veneno serve como uma defesa que algumas espécies da família Bufonidae possuem, armazenados nas glândulas paratoideas, sendo liberado apenas quando o animal se sente ameaçado, ou quando esta é pressionada.
As patas traseiras do sapo estão adaptadas para nadar e pular. Os fortes músculos extensores da coxa se contraem, estendendo o membro e empurrando o pé contra o chão ou contra a água. O impulso é transmitido através do corpo do sapo pela cintura pélvica e pela coluna, de modo que todo o animal seja empurrado para frente. Na água, os pés traseiros pregueados fornecem uma área de superfície maior para empurrar para trás na água. Os membros inferiores menores auxiliam a natação e absorvem o choque de aterrissar após um salto em terra. Ao se deslocar da água para a terra ou sobre o solo áspero, o sapo vai rastejar em vez de pular.
Pererecas
Normalmente, as pererecas são menores que os sapos ou rãs, tendo como característica os olhos esbugalhados, além de serem mais coloridas. Não gostam de lagoas, preferindo viver em árvores. Com pernas finas e longas, são capazes de grandes saltos e de fixarem-se nas superfícies, pois possuem discos nas pontas de seus dedos, que funcionam como ventosas e permitem a fixação em superfícies. Assim como as rãs, possuem uma pele bastante lisa.
São pertencentes a várias famílias. Muitas vezes, são encontradas em banheiros de casas, já que gostam de ambientes úmidos. Praticamente todas as espécies de pererecas brasileiras estão agrupadas nas famílias Hylidae, Centrolenidae e Hemiphractidae.
Outra característica das pererecas são as membranas interdigitais. Elas auxiliam na hora de estabilizar os saltos das pererecas. Assim como seus parentes próximos, a perereca também se reproduz por meio de ovos, que dão origem a girinos, ou filhotes.
As pererecas sofrem com a destruição de seu ambiente e com a poluição das águas. Algumas espécies brasileiras já são consideradas extintas. Apesar de sua aparência despertar medo ou repulsa em muitas pessoas, as pererecas, bem como os sapos e as rãs, são importantes na manutenção do equilíbrio ecológico, pois ajudam a controlar a quantidade de insetos e de pragas.
Rã
As rãs são anfíbios que possuem pele lisa e brilhante, e pernas longas, principalmente as traseiras, que são mais longas do que as dianteiras. Nesses animais, observa-se uma grande capacidade de saltar, além de habilidade para a natação por causa da presença de membranas entre os dedos, que funcionam como pés de pato. As rãs apresentam um hábito mais aquático e são encontradas em locais mais próximos a lagos e outros lugares úmidos. As rãs são encontradas em diferentes famílias, e merecem destaque as famílias Leptodactylidae, Leiuperidae, Cycloramphidae e Ranidae.
O habitat das rãs são as lagoas, sendo mais comuns em florestas tropicais. A rã captura presas usando sua língua pegajosa. Costuma se alimentar de insetos e vermes, mas há espécies que comem outras rãs, roedores e répteis.
Algumas glândulas na pele das rãs produzem veneno, mas esse veneno não as protege de cobras, aves e outros inimigos. Como defesa, elas costumam se camuflar no meio ambiente. Ao contrário dos sapos e pererecas, as rãs são usadas para alimentação, pois possuem uma carne suave e nutritiva, que lembra vagamente a carne de frango.